O famoso psicólogo Philip Zimbardo coordenou este experimento para examinar o comportamento de indivíduos que são colocados em posição de prisioneiros ou guardas e as normas que se esperava que estes indivíduos exibissem.
Os prisioneiros eram colocados em uma situação para que fosse causada sua desorientação, degradação e despersonalização.
Não foram dadas instruções ou treinamento específicos para os guardas realizarem seus papéis. Inicialmente os estudantes não estavam certos de como representar seus papéis no primeiro dia, mas não houve distúrbios.
No segundo dia do experimento os prisioneiros foram convidados a fazerem uma rebelião, o que levou a uma severa resposta dos guardas.
Deste momento em diante as coisas começaram a desandar.
Os guardas implementaram um sistema de privilégios para acabar com a solidariedade entre os prisioneiros e causar desconfiança entre eles.
Os guardas se tornaram paranóicos a respeito dos prisioneiros, acreditando que eles os estavam perseguindo. Isso tornou o sistema de privilégios muito restrito controlando até as funções fisiológicas dos prisioneiros que começaram a exibir distúrbios emocionais, depressão e desamparo condicionado.
Neste ponto os prisioneiros foram apresentados a um capelão. Eles se identificavam por seus números ao invés de seus nomes e quando eram questionados sobre como planejavam sair da prisão se mostravam confusos.
Eles haviam sido assimilados completamente por seus papéis.
O Dr. Philip encerrou o experimento depois de cinco dias, quando percebeu quão real a prisão havia se tornado para os voluntários. Apesar da curtíssima duração do experimento, os resultados são esclarecedores.
Quão rapidamente alguém pode abusar do seu controle quando colocado nas circunstâncias corretas. O escândalo de Abu Ghraib, que chocou o mundo em 2004, é um exemplo das descobertas de Phillip.